As cidades históricas de Minas Gerais estão entre os locais mais populares do estado por turistas do mundo inteiro. Isso porque, além da maioria ser tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), ainda reservam um passeio imersivo para quem deseja conhecer as belezas naturais e históricas de Minas.
Dentre os principais pontos turísticos, estão as igrejas centenárias, museus e casarios do período colonial brasileiro. Além disso, boa parte delas, com arquitetura e obras de Aleijadinho e Manuel Athaýde da Costa, dois dos maiores nomes do barroco mundial.
Por isso, vale a pena conhecê-las e desfrutar a maravilha que é estar em um dos estados mais receptivos de todo o Brasil. E o melhor, a maior parte delas são próximas umas das outras. Ou seja, é só procurar por um aluguel de carro barato e curtir vários destinos em um único roteiro.
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Como chegar nas principais cidades históricas mineiras
Primeiramente, é importante entender que quando falamos de cidades históricas de Minas Gerais, elas estão espalhadas por vários pontos do estado, que é extremamente grande. Por isso, é possível dividi-las em 3 microrregiões, de acordo com a proximidade entre uma e outra.
Para o turista que chega à Minas pelo aeroporto de Confins, há três núcleos que merecem a visitação, que são:
Ouro Preto e região | A cidade histórica de Ouro Preto é uma das mais importantes do barroco. Em seu entorno, é possível ainda visitar Mariana (15 km), Congonhas (45 km) e Catas Altas (64 km).
Tiradentes e região | Já Tiradentes fica a 160km de Ouro Preto e é outra cidade muito procurada pelos turistas. Em suas redondezas estão São João del Rey (14 km) e o distrito de Bichinho (6 km).
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Diamantina e região: Em sentido oposto à Ouro Preto e Tiradentes, Diamantina fica no Vale do Jequitinhonha, a 300 km da capital. Além dela, existe o Serro (89 km) e o distrito de Milho Verde (40 km).
O trajeto entre todas as cidades possuem linhas de transporte e são realizados passando por vários dos caminhos da Estrada Real. Confira abaixo o que conhecer em cada uma delas.
Ouro Preto: a maior joia do barroco mineiro
A cidade de Ouro Preto possivelmente é a mais famosa de todas as cidades históricas de Minas Gerais. Isso porque já foi capital do estado, em 1711, e se tornou uma das primeiras cidades coloniais brasileiras com tombamento pelo patrimônio, em 1938.
Por ruas íngremes e casarios bem conservados, o turista irá encontrar a história do país e da Inconfidência Mineira. Além disso, a cidade possui minas de ouro desativadas para a visitação, museus que contam o ciclo do ouro, a história de Tiradentes e de objetos sacros, dentre outros atrativos.
Em suas redondezas, são mais de 15 cachoeiras abertas ao público, além de um jardim botânico e de parques de preservação ambiental, como o Parque do Itacolomi e das Andorinhas.
Por último, em Ouro Preto, está situado o teatro mais antigo em funcionamento das Américas, a Casa da Ópera.
Mariana: a primaz de Minas Gerais
Ao lado de Ouro Preto, o turista pode conhecer Mariana, menor que a cidade vizinha mas com encantos próprios. A cidade recebeu o título de primaz de Minas por ter sido a primeira vila, cidade e capital do estado.
Com um centro histórico bem aconchegante e repleto de belezas e história, Mariana também possui a maior mina de ouro da região (Mina de Passagem) e um tradicional seminário católico.
Assim como Ouro Preto, a cidade possui diversa programação cultural, como festivais e eventos gastronômicos e culturais.
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Congonhas: a cidade dos profetas
Por sua vez, Congonhas conta com o maior acervo barroco do Brasil, e lá você poderá encontrar a Basílica Santuário de Bom Jesus de Matozinhos. Ao seu redor, estão os 12 profetas de Aleijadinho, além de seis capelas que compõem o Jardim dos Passos.
Devido suas características únicas, Congonhas é conhecida, dentre as cidades históricas de Minas Gerais, como a Cidade dos Profetas.
Catas Altas: preservação natural e história
Aos pés da Serra do Caraça está o município de Catas Altas. A povoação da cidade começou por volta de 1694, quando se descobriu minas de ouro no local. Tradicional por suas vinícolas, a pequena cidade histórica lidou com a produção da fruta até adequá-la ao processo de fermentação da jabuticaba, que gerou um licor muito apreciado na região.
Com pouco mais de 6 mil habitantes, Catas Altas é bastante conhecida pelo Santuário do Caraça, com cachoeiras e clima tipicamente frio, onde é possível encontrar, por exemplo, o lobo-guará – espécie em extinção no Brasil.
Tiradentes: a cidade histórica dos festivais
A cidade de Tiradentes possui grande movimentação ao longo do ano todo, com seus 15 festivais dedicados às mais diversas artes. Cinema, Gastronomia, Cultura e Fotografia estão entre os mais procurados.
Com várias construções nos estilos barroco e rococó, a cidadezinha apresenta um conjunto arquitetônico típico da primeira metade do século 18, e possui 8 igrejas para visitação.
Para saber mais sobre a cidade de Tiradentes, confira esse artigo completo.
São João del Rei: passado e futuro juntos
Próxima à Tiradentes, também no Campo das Vertentes, está São João del Rei, um dos principais pólos econômicos da região.
A cidade, além de unir construções históricas dos séculos 18, 19 e 20, foi o local de nascimento de Tancredo Neves, ex-presidente do Brasil.
Palco da Guerra dos Emboabas entre 1707 e 1709, São João del Rei é uma das cidades históricas de Minas Gerais que melhor preservou o patrimônio histórico sem esquecer do futuro.
Por isso, conta ainda com a locomotiva (hoje, apenas para passeio) que leva os turistas num passeio encantador até Tiradentes.
Bichinho: bucolismo no interior mineiro
Por último, nesta região, temos o povoado de Bichinho, que pertence a Tiradentes e fica no trajeto entre esta e São João del Rei. O local nasceu como Arraial do Bichinho e também possui histórico parecido com outras cidades históricas de Minas Gerais no que se refere à mineração.
Contudo, o que destaca Bichinho de outros lugares é sua aura bucólica, repleta de ateliês de arte, lojinhas de artesanato e oficinas.
Diamantina: música e cultura através dos séculos
O nome da cidade se originou pelas ricas jazidas de diamante extraídas no Século 18. Anteriormente conhecida como Arraial do Tejuco, Diamantina é famosa pela musicalidade das serestas de rua (conhecidas como Vesperata), pelos carnavais e belíssimas paisagens naturais.
Além disso, é a cidade onde nasceu e viveu Chica da Silva, importante personagem da história de Minas. Em resumo, Chica foi uma escrava alforriada que se tornou esposa do contratador português, e sua história se tornou filme, série e até novela.
Serro: o sabor do interior de Minas Gerais
Um dos queijos mais saborosos e tradicionais do país são oriundos desta pequena cidade próxima à Diamantina. Aliás, ainda que pouco conhecida por seu valor histórico, a cidade do Serro guarda riquezas como imponentes sobrados coloniais e a Igreja de Santa Rita, construída no Século 18.
A cidade é rodeada por morros, serras, rios e cachoeiras e ideal para os amantes de turismo ecológico.
Milho verde: tranquilidade e paisagens naturais
Por sua vez, se o assunto é turismo ecológico, é preciso falar do distrito de Milho Verde. O povoado se originou da lavra de minerais preciosos na região.
Ainda que com pouco mais de 1200 moradores, o vilarejo dispõe de pousadas e hospedagens que, em épocas mais quentes do ano, chega a receber mais turistas do que o número dos habitantes.
Com casas simples e ruas estreitas, Milho Verde é a opção certa para quem quer desbravar cachoeiras e curtir o pôr do sol sem maiores preocupações.
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