O cartão de vacina internacional é um item essencial tanto para o cuidado e segurança do viajante como para evitar riscos nos mais diversos países pelo mundo.
Isso porque ele faz parte de diversas exigências quando o assunto é viajar, e precisa estar sempre em mãos e atualizado para evitar quaisquer imprevistos.
Entretanto, é muito comum as dúvidas sobre sua obrigatoriedade, como tirá-lo e em que momento ele deve ser apresentado.
Por isso, o Assistente de Viagem preparou esse artigo exclusivo sobre o cartão de vacina internacional, que irá esclarecer tudo sobre o documento. Confira conosco e boa leitura!
O que é o cartão de vacina internacional?
Primeiramente, é necessário explicar que o cartão de vacina internacional é um documento de emissão obrigatória para a maior parte dos países do mundo.
Ou seja, sua obrigatoriedade está prevista por lei e propõe a segurança e saúde tanto dos turistas quanto dos residentes nos principais pontos turísticos do mundo.
Além disso, ele também condiciona um tempo mínimo para atualização.
Em outras palavras, não basta apenas ter se vacinado contra determinadas doenças, mas estar atento ao período anterior à viagem que a vacinação deve acontecer.
Por exemplo, no caso da febre amarela, é preciso que a dose tenha sido recebida em até 10 dias antes da data de início da viagem. Para viajantes brasileiros, a Anvisa é o órgão responsável pela emissão, fiscalização e informações acerca do cartão de vacina internacional.
Quais vacinas precisam obrigatoriamente constar no cartão?
As vacinas que devem constar no cartão de vacina internacional sempre irão depender do país de destino e suas exigências, porém a Anvisa recomenda a vacinação completa de todas as doses disponíveis pelo SUS.
Entre elas, estão:
- Febre amarela: é a única vacina obrigatória em todo o mundo e sua recomendação também é válida para viagens nacionais. Isso porque existem estados onde o índice de transmissão da febre amarela ainda é alto, como Minas Gerais, São Paulo e todos os estados do Centro-oeste e Norte. A dica é tomar a dose integral, uma vez que ela garante imunização por toda a vida;
- Tétano: é uma vacina bastante recomendada para quem vai conhecer países da América Latina, Europa, Ásia e África. Em casos de praticantes de esportes radicais, ela se torna ainda mais importante;
- Hepatite A e B: outra imunização imprescindível no cartão de vacina internacional, não importa para qual país do mundo;
- Raiva: Diferente das demais vacinas, a antirrábica é aplicada apenas em situações onde a pessoa teve contato com o vírus anteriormente. Mas sua recomendação também vale para países da Ásia, África e Europa;
- Sarampo: há poucos anos, os Estados Unidos teve um novo surto de sarampo, o que acendeu o alerta sobre a inclusão da vacina no cartão internacional. No Brasil, sua dose é aplicada com o imunizante conhecido como tríplice viral, que também previne contra caxumba e varíola;
- Covid-19: devido à pandemia dos últimos anos, a Covid passou a figurar entre as imunizações obrigatórias que devem constar no cartão de vacina internacional. Aliás, a maior parte dos países criou o passaporte de vacina, onde há protocolos que exigem a vacinação completa contra a covid para viajar.
No caso de dúvidas, o ideal é consultar o site oficial da Organização Mundial da Saúde (OMS), onde a lista de vacinas obrigatórias é atualizada periodicamente.
Como emitir seu cartão de vacina internacional?
É importante não confundir o cartão de vacina internacional com o cartão do SUS que mostra a vacinação de um usuário. Isso porque, no caso do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), há um protocolo internacional de saúde que precisa ser cumprido.
Em outras palavras, com seu cartão de vacinação em dia, você solicita o CIVP, que passa a validá-lo fora do território nacional. Não existe custo em sua emissão e ele pode ser solicitado através do Portal de Serviços do Governo Federal, com emissão após 10 dias do pedido.
Outro cuidado na solicitação do cartão de vacina internacional é verificar a exigência do país de destino em relação à língua do documento.
No caso específico do certificado de vacinação contra a covid, o próprio aplicativo do ConecteSus permite a emissão em português, inglês ou espanhol.
É obrigatório emitir o cartão de vacina internacional para viajar?
Sim. E além disso, considere conferir se no cartão de vacina internacional também consta a imunização contra a covid.
Devido à natureza recente da pandemia e não haver protocolo especificado pela OMS para a doença, pode ser que haja a necessidade da emissão dos dois documentos, um de profilaxia e o outro específico para Covid.
No caso do viajante não possuir o cartão de vacina internacional, ou ainda estar com ele incompleto ou fora do prazo, a imigração pode fazê-lo retornar, ou ainda nem conseguir embarcar no Brasil.
Quais outros documentos e exigências você precisa para viajar internacionalmente?
Não é possível determinar um protocolo único de documentos exigidos para viajar pelo mundo. Isso porque alguns países podem exigir documentação específica, como tem acontecido no caso da Covid-19.
Mas é possível elencar o que você não pode deixar de conferir para qualquer viagem, dentro ou fora do Brasil.
- Passaporte válido com prazo de até 6 meses posterior à data de embarque;
- Documento pessoal legível, se não houver a obrigatoriedade de passaporte, como é o caso dos países do Mercosul;
- Passagens de retorno;
- Seguro de viagem com cobertura relativa à condição do viajante e exigências do país de destino. Por exemplo, em toda a Zona Schengen da Europa, é obrigatório uma cobertura de despesas médicas e hospitalares de no mínimo €30 mil;
- Documentos que comprovem estadia, em vários países europeus;
- Visto, para países como os Estados Unidos;
Além disso, há destinos que solicitam comprovantes financeiros para estadia e outros documentos.
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