O Festival de Parintins é uma das festas mais espetaculares do mundo. Afinal, ele não é apenas um evento – é uma imersão completa na cultura brasileira que vai despertar todos os seus sentidos e criar memórias inesquecíveis.
Imagina só: você embarcando em uma lancha pelo Rio Amazonas, sentindo a brisa amazônica enquanto navega rumo a três noites consecutivas no último fim de semana de junho. Em resumo, a pequena ilha de Parintins se transforma no palco do maior espetáculo folclórico a céu aberto do mundo.
Aqui, vermelho e azul não são apenas cores – são paixões que dividem corações e unem comunidades inteiras em uma celebração que transcende o entretenimento.
Por isso, se você está planejando sua primeira viagem cultural verdadeiramente transformadora, o Festival de Parintins oferece algo que nenhum outro destino consegue: a autenticidade amazônica em estado puro. Sendo assim, espere vibrar ao som das toadas e conhecer lendas ancestrais no meio de mais de 100 mil pessoas.
E para que sua experiência seja realmente inesquecível, o Assistente de Viagem preparou o conteúdo mais completo sobre a festa do Boi Bumbá. Separe já seu seguro viagem nacional e embarque conosco em um dos eventos mais encantadores que existem.
Ah, e para tornar tudo ainda mais instigante, trouxemos uma playlist com as canções mais importantes e populares que homenageiam, ao longo dos anos, o Boi Garantido e o Boi Caprichoso. Dê play enquanto anota cada uma das nossas dicas!
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O que é o Festival de Parintins?
Em síntese, o Festival de Parintins tem fama de ser o maior espetáculo folclórico a céu aberto do planeta. Ou seja, isso o coloca como uma das festas mais populares do mundo e uma das mais importantes manifestações culturais do Brasil.
Anualmente, ele acontece no último fim de semana de junho na ilha de Parintins, que fica a 369 quilômetros de Manaus. O evento celebra a tradição do Boi Bumbá amazônico através de uma disputada rivalidade entre duas agremiações: o Boi Garantido (vermelho e branco) e o Boi Caprichoso (azul e branco).
A festa é reconhecida como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e atrai mais de 100 mil turistas a cada dia. Além disso, movimenta cerca de R$180 milhões e reforça mundialmente o caráter diverso e plural da nossa cultura.
História e origem do festival: As raízes do Boi Bumbá
O Festival de Parintins tem suas raízes na tradição do Bumba Meu Boi, manifestação cultural que chegou ao Brasil com os portugueses e incorporou elementos da cultura indígena e africana. Contudo, no Amazonas, essa tradição ganhou características próprias, transformando-se no Boi Bumbá, que incorpora lendas e rituais dos povos originários da Amazônia.
A lenda central que inspira o festival conta a história de Mãe Catirina, uma mulher grávida que desejava comer a língua de um boi. Então, para satisfazê-la, seu marido Pai Francisco sacrifica o boi favorito do patrão. Porém, quando descoberto, o patrão ameaça matá-lo, mas um Pajé ressuscita o boi, salvando o Pai Francisco e transformando o episódio em motivo de celebração.
Nascimento do festival moderno
O festival oficial data de 1965, quando um grupo de jovens ligados à Juventude Alegre Católica (JAC) iniciou o evento com o objetivo inicial de arrecadar fundos para a construção da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, padroeira de Parintins. Porém, curiosamente, a festa surgiu também como uma necessidade de “organizar e controlar” as duas grandes torcidas que se confrontavam violentamente nas ruas da cidade.
Além disso, os bois Garantido e Caprichoso têm origens distintas e históricas:
Boi Garantido | Fundado pela família Monteverde, descendentes de franceses e africanos que chegaram a Parintins por volta de 1820. O boi é conhecido como “Boi do Povão” e representa as cores vermelho e branco;
Boi Caprichoso | Criado em 1913 pelas mãos das famílias nordestinas Cid e Gonzaga, o “Touro Negro” adotou as cores azul e branco, possivelmente inspiradas na proximidade com a região portuária de Parintins e os oficiais da Marinha.
Como funciona o Festival do Boi Bumbá
Muito mais do que uma celebração cultural, assim como o Carnaval do Rio ou mesmo as quadrilhas dos maiores São João do mundo, há regras para a competição do Boi Garantido e do Boi Caprichoso. Sendo assim, vamos conhecer tudo que envolve o Festival de Parintins e o que você verá durante o evento. Continue a leitura.
Estrutura da competição
Primeiramente, é preciso saber que o Festival de Parintins acontece desde 1988 no Bumbódromo, uma arena única com formato de cabeça de boi. O espaço tem capacidade para mais de 25 mil pessoas e é dividido simetricamente: metade azul para os torcedores do Caprichoso e metade vermelha para os do Garantido.
A competição acontece durante três noites consecutivas (sexta, sábado e domingo), com cada boi se apresentando por aproximadamente 2h30 em cada noite. Por fim, os espetáculos são avaliados por 10 jurados especializados vindos de outros estados e países, com identidade mantida em sigilo até o primeiro dia.
Ao todos, ele avaliam e dão nota para 21 itens diferentes, com divisão em três blocos.
Bloco A – Musical/Individual (7 itens)
1 – Apresentador | Abrange o domínio de palco, fluência verbal, dicção, carisma, interação com a galera. Por isso, tanto o Boi Garantido quanto o Boi Caprichoso apostam em representantes que consigam conduzir o espetáculo com maestria e euforia;
2 – Levantador de toadas | É um critério que leva em conta a afinação, interpretação, timbre, técnica vocal e dicção do responsável por puxar a música;
3 – Marujada/Batucada | Em seguida, avalia-se o ritmo, cadência, harmonia, sincronia, afinação;
4 – Amo do Boi | Considera o improviso, qualidade poética, afinação e fluência da toada;
5 – Toada (Letra e Música) | Em resumo, analisa melodia, letra, harmonia, arranjo e interpretação da canção;
6 – Galera | Critério que acompanha as coreografias sincronizadas, participação, interação e energia dos membros do Boi Garantido e do Boi Caprichoso;
7 – Organização do conjunto folclórico | Por último, fica responsável por analisar o desempenho da coordenação geral, fluidez e a ausência de improvisos visíveis.
Bloco B – Cênico/Coreográfico (7 itens)
1 – Porta-Estandarte | De modo parecido à função nos desfiles de Carnaval, a porta-estandarte no Festival de Parintins conduz o estandarte da agremiação. Por isso, passa por avaliação de sua dança, elegância, domínio do estandarte e presença de palco;
2 – Sinhazinha da Fazenda | É uma personagem destaque na Festa do Boi Bumbá e passa por avaliação de sua graça, leveza, sincronia e interação com o boi;
3 – Rainha do Folclore | Em síntese, representa no desfile a ancestralidade, a descendência dos povos originários e negros, e traz consigo a magnitude e realeza da cultura popular. Por isso, julgam sua performance, composição do personagem e domínio corporal;
4 – Cunhã-Poranga | Significa “mulher bonita” e busca representar as indígenas. Para isso, avalia-se a dança, expressão corporal e autenticidade;
5 – Boi-Bumbá (Evolução) | Considera julgar a movimentação do boi, o domínio do espaço e a variação de movimentos;
6 – Pajé | Refere-se ao julgamento da interpretação xamânica, performance mística e composição do personagem tão importante na cultura indigena;
7 – Coreografia | Por fim, avalia a sincronia, originalidade, adequação ao tema e execução da dança e movimentos dentro da música.
Bloco C – Artístico (7 itens)
1 – Ritual Indígena | Tem como critérios de avaliação a fidelidade cultural, expressão cênica, impacto visual e teatralização;
2 – Povos Indígenas | Julga a representação étnica, autenticidade, diversidade e organização visual;
3 – Tuxaua | Avalia a liderança indígena, composição do personagem e presença;
4 – Figura Típica Regional | Considera a representação amazônida, identidade regional e criatividade do Boi Garantido e do Boi Caprichoso;
5 – Alegorias | Avalia a adequação temática, harmonia visual, movimentos e acabamento da estrutura dos carros e alegorias de cada agremiação;
6 – Lenda Amazônica | Analisa a narrativa cultural, representação visual e teatralização das duas representantes do Boi Bumbá;
7 – Vaqueirada | Dá nota para a sincronia, indumentária, domínio espacial e tradição.
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Sistema de pontuação e penalizações do Festival de Parintins
A partir dos 21 critérios que elencamos acima, a Festa do Boi Bumbá tem a seguinte forma de pontuar as apresentações:
- 3 jurados por bloco avaliam cada quesito e dão notas de 0 a 10 para cada item;
- Descarta-se a menor nota de cada item e as duas notas maiores compõem a pontuação final.
Por exemplo:
Se no quesito Apresentador do Bloco A, o Boi Garantido obtiver notas 9, 8 e 10 dos três jurados responsáveis, elimina-se a nota 8 e ele fica com 19 pontos.
Importante: Por noite, a pontuação máxima é de 420 pontos. Ou seja, 21 itens x 20 pontos máximos por item.
As principais penalidades ocorrem com a perda de pontos, nos seguintes casos:
- Quando o Boi Garantido ou o Boi Caprichoso ultrapassa o limite de 2h30min de apresentação;
- Quando os jurados observam improvisos visíveis, falta de coordenação ou violação de algum regulamento técnico (acesse aqui as regras do festival do Boi Bumbá);
- Se a torcida adversária não respeitar o silêncio durante a apresentação da equipe adversária.
Quando e como chegar à Parintins
Até aqui, certamente, você está encantado com a Festa do Boi Bumbá. Então, é hora de compreender como chegar e quais cuidados para aproveitar ao máximo o evento.
Primeiramente, deve-se entender que o fim de junho, data da festa, apresenta temperaturas agradáveis e menor incidência de chuvas na Amazônia. Por isso, é o período ideal para quem pretende incluir no passeio outras atividades. Por exemplo, o ecoturismo ou mesmo esportes. Contudo, não se esqueça de contratar antes um seguro viagem para esportes, ok?
Como chegar a Parintins
Parintins é uma ilha às margens do rio Amazonas, acessível apenas por barco ou avião. Sendo assim, o primeiro passo é chegar a Manaus, de onde partem todos os transportes para a ilha. A seguir, confira as 3 principais formas de transporte:
Avião | Existem voos regulares diários que saem de Manaus, com aproximadamente 1 hora. Além disso, durante o festival, costuma haver até 14 voos por dia. Sendo assim, ele é a opção mais rápida, ainda que exija uma conexão obrigatória na capital amazonense;
Lancha rápida | Com duração de 12 horas pelo rio Amazonas, tem um custo em torno de R$200 (ida e volta) e inclui café da manhã, almoço e jantar. Ou seja, é uma alternativa intermediária (cerca de 10 vezes mais barata que o avião) mas recomendável apenas para turistas com mais tempo livre ou adeptos de aventuras de médio período. Porém, atente-se que pelo tempo de viagem, quem deseja aproveitar desde o primeiro dia deve partir para a Festa de Parintins, no máximo, na quinta-feira de manhã;
Barco | Para concluir, existem barcos com viagens que duram entre 18 e 24 horas e custos extremamente flexíveis. Isso porque há opções entre R$300 e R$6000 que vão de acomodações em redes até suítes com ar-condicionado. Neste caso, considere avaliar sobre o seu tipo ideal de hospedagem (alguns deles oferecem acomodação durante o evento) e serviços adicionais inclusos (festas temáticas, bebidas, pratos típicos e outras experiências).
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Onde ficar em Parintins: Hospedagem em terra
A rede hoteleira de Parintins é básica, mas oferece opções para diferentes orçamentos. Entretanto, considere fazer a sua reserva com a maior antecedência possível, uma vez que os preços ficam até 4 vezes mais altos na véspera da Festa do Boi Bumbá.
Entre os principais hotéis, pode-se citar o Amazon River Hotel, considerado o melhor avaliado da cidade; o Hotel Avenida, popular por sua localização central; o Hotel Cabocla, famoso por possuir quartos com armadores de rede e, por último, a Pousada Estrela D’Alva.
Além deles, há alternativas bem usuais de turistas como o aluguel de quartos em casas de família, pousadas locais ou mesmo o acampamento durante o festival.
Confira aqui | Rede hoteleira de Parintins
Gastronomia local: Pratos típicos imperdíveis
Nada traduz melhor a essência da Amazônia do que a gastronomia de Parintins. Afinal, ela combina ingredientes nativos e sabores marcantes. Entre as estrelas do Festival de Parintins, destacam-se:
Tacacá: Trata-se de um caldo quente e ácido, feito com tucupi (líquido extraído da mandioca-brava), folhas de jambu e camarão. Servido em cuias, o tacacá reflete a simplicidade e a vitalidade da culinária regional e propõe revitalizar o corpo para aguentar tanta animação do Boi Garantido e do Boi Caprichoso;
Pato no Tucupi: Em seguida, temos um ícone da cozinha amazônica. Resumidamente, o pato é cozido lentamente no tucupi temperado com alho e cebola e finalizado com folhas de jambu que provocam leve dormência na boca. Além disso, tem como acompanhamento o arroz branco e a farinha d’água;
Tambaqui com Tucupi: Aqui, o tambaqui, peixe típico da região, é assado na brasa e depois refogado em tucupi. Isso cria uma explosão de sabores que equilibra o defumado e o cítrico do caldo amarelo;
Pirarucu frito: Pense no maior peixe de água doce do mundo. Pensou? Pois aqui ele ganha sua versão crocante, ao lado do baião de dois e vinagrete;
Bodó assado: o acari, conhecido localmente como bodó, é grelhado na brasa ou cozido ao molho de tucupi. Apesar de pouco habitual em outras regiões, revela sabor único e rústico;
Bolinho de Piracuí: Para fechar, que tal a farinha de peixe torrada e misturada em massa de macaxeira forma bolinhos fritos crocantes? De modo geral, são perfeitos para petiscar enquanto se aprecia o Festival de Parintins.
Frutas regionais para se deliciar
Após provar um dos pratos que listamos acima, é hora daquela sobremesa especial e com a cara da Amazônia. E entre os destaques mais deliciosos, não podemos deixar de citar algumas frutas que são especiais na região.
Para começar, temos o açaí, energético e versátil. Contudo, por lá, ele é servido em tigelas ou sucos com farinha d’água. Já o tucumã aparece em sanduíches “x-caboquinho” ou in natura, com polpa firme e alaranjada.
Em seguida, temos a pupunha, assada na brasa, que ganha manteiga ou sal, virando um super lanche nutritivo. Por sua vez, o taperebá (cajá) proporciona sucos e sorvetes refrescantes com seu toque agridoce.
E claro, tem a graviola que une leveza e doçura em mousses e sucos; o cupuaçu, rei das sobremesas, que traz acidez suave em geleias e bombons; e o bacuri, que surpreende com polpa cremosa e aroma delicado.
Para terminar, não podemos esquecer do buriti e seu alto teor de vitamina A e o biribá, ácido e macio, que aparece em sorvetes e sobremesas, revelando toda a riqueza sensorial da região.
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Parintins Fun Fest | O evento paralelo
Devido às proporções gigantescas que o Festival de Parintins tomou ao longo dos anos, ele deixou, há um bom tempo, de ser o único evento da cidade. Em outras palavras, os turistas podem aproveitar ainda mais de sua viagem pela ilha amazônica.
Como principal destaque está o Parintins Fun Fest. Em resumo, ele é a fan zone oficial do Festival de Parintins e dura da última quinta-feira de junho até o domingo seguinte. Além disso, ele ocorre gratuitamente na Praça Digital Cristo Redentor, em uma estrutura com 3.500 m².
As atrações vão das 15h às 5h, com pausa das 20h às 1h30 para transmissão ao vivo do Festival no Bumbódromo em telão gigante. Já passaram por lá grandes nomes regionais e brasileiros, com foco para artistas da Amazônia e das toadas.
Para uma imersão cultural ainda mais completa, o espaço possui estandes de artesanato local. E para quem prefere curtir com mais privacidade e segurança, é possível adquirir camarotes e ter acesso a áreas premium.
Atenção: Durante todos os dias do Festival de Parintins, há atrações musicais e teatrais se apresentando em praças, bares e restaurantes de toda a cidade.
O que vestir e levar: Código de cores
Uma das características mais marcantes do festival é a divisão por cores. Por isso, anote essa dica essencial: A cidade literalmente se divide entre o Vermelho (torcedores do Boi Garantido) e Azul (torcedores do Boi Caprichoso). Logo, é importante escolher um lado e vestir as cores correspondentes.
Grandes marcas como Coca-Cola, Brahma e Azul chegam a mudar suas cores durante o festival para agradar ambas as torcidas. Contudo, é muito mais divertido e emocionante se você entrar no clima e escolher o seu Boi.
Ah, e lembre-se de incluir em qualquer um dos looks itens como calçados confortáveis (são muitas horas de festa). protetor solar e capa de chuva (são eventuais).
Escolha entre Caprichoso e Garantido com base no seu estilo de vida
Dando uma pausa nas dicas e informações, é hora da parte mais difícil desse conteúdo. Isso porque, diferentemente dos parintinenses, a escolha por quem torcer durante a Festa do Boi Bumbá pode ter várias nuances para cada turista.
Por lá, dizem que a torcida nasce antes mesmo do primeiro “oba!”. Todavia, tradicionalmente, a ilha se divide pela geografia: quem mora na Baixa do São José (ou Baixa da Xanda) cresce pintando tudo de vermelho em homenagem ao Garantido, enquanto bairros como Francesa, Urubuzal e Palmares se tingem de azul em homenagem ao Caprichoso. Além disso, é comum que a paixão seja passada de geração em geração: famílias inteiras hasteiam bandeiras e mantêm viva a rivalidade como marca de identidade local.
Porém, nem sempre a escolha é “de berço”. E no caso dos visitantes e até de novatos de Parintins, acredita-se que “o boi te escolhe”. Para isso, basta sentir a energia das toadas, a vibração da galera e o balé das alegorias para que o coração se decida pelo vermelho ou pelo azul.
Vermelho ou azul: Qual o seu lado na Festa do Boi Bumbá?
Para quem prefere chegar à Parintins sabendo para quem torcer, o Assistente de Viagem vai arriscar deixar uma pequena orientação para ajudar os indecisos:
– Se você acorda cantando no chuveiro, manda recado no zap em CAPS LOCK e acredita que a vida é vermelha de paixão, o Boi Garantido pode ter a sua cara. Afinal, ele é o melhor exemplo do que é uma explosão de energia (e tinta vermelha por todo lado);
– Agora, se você é do tipo zen, gosta de equilíbrio, acha que “capricho” é sinônimo de perfeição e curte sofisticação até no fantasiar, considere ser do time Caprichoso. Assim, poderá embarcar num espetáculo cheio de elegância e brilho.
Roteiro sugerido para primeira viagem
Como a maior parte das viagens para o Festival de Parintins abrange cerca de 5 a 7 dias, listamos a seguir algumas dicas essenciais do que fazer e onde visitar no local.
Antes do festival
Comece pela city tour de triciclo. Isso porque ele é o meio de transporte patrimônio cultural e imaterial do Amazonas, ideal para conhecer a cidade. Com ele, não deixe de visitar:
Cais do Porto | Com o icônico letreiro “Eu Amo Parintins”, derrama cores vivas sobre as margens do Amazonas. Sendo assim, seja um dos turistas que eternizam selfies ao pôr do sol e encante-se com passeios fluviais repletos de história;
Igreja do Sagrado Coração de Jesus | A arquitetura neoclássica abraça a fé e tradição na segunda mais antiga de Parintins. Data de 1888 e tem o interior repleto de vitrais coloridos e esculturas;
Catedral de Nossa Senhora do Carmo | Ergue-se imponente no centro de Parintins, unindo arte italiana e tradição local. Para isso, conta com torres altas, vitrais luminosos e altar de mármore proporcionam experiência espiritual e arquitetura sublime. Durante o festival, seu entorno fervilha com romarias;
Mercado Municipal Leopoldo Neves | É um local que pulsa vida e sabores regionais em Parintins, reunindo bancas de frutas, peixarias, artesanatos e cafés. Com arquitetura histórica revitalizada, é ponto de encontro para moradores e visitantes que exploram aromas, cores e gostos da Amazônia.
Passeios naturais em Parintins
Começando pela zona rural da ilha, a Comunidade do Maranhão, às margens do Rio Uaicurapá, oferece paisagem de águas calmas e mata de galeria. Por lá, os visitantes sobem a escadaria até o mirante da vila, percorrem ruas de barro ladeadas por árvores frutíferas, apreciam a culinária no restaurante típico e finalizam o dia com banho de rio e pôr do sol.
Para amantes de aventura, as trilhas ecológicas ocorrem em ambientes de várzea e igapó, como no Refúgio Igapó e nas margens do Lago Parananema. Assim, é possível praticar observação de aves, identificar espécies endêmicas e aprender protocolos de conservação hídrica. Por sua vez, a pesca esportiva tem papel central na oferta turística. Torneios como o do Balneário Cantagalo, por exemplo, atraem pescadores do mundo inteiro para capturar tucunarés em regime “catch and release”.
Por fim, a visita a comunidades ribeirinhas revela o cotidiano dos povos que dependem dos lagos fluviais. Percorrendo igarapés em canoas tradicionais, o turista conhece práticas de manejo comunitário, artesanato em madeira e histórias de resistência socioambiental, valorizando o modo de vida ancestral dos ribeirinhos.
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Durante o festival
A abertura dos portões do Bumbodromo acontecem, nas três noites consecutivas (sexta, sábado e domingo) às 18 horas. Contudo, a primeira apresentação se inicia às 20 horas. Após terminar, há uma pausa de 45 minutos para montagem e desmontagem das alegorias e a segunda apresentação começa às 23h15.
A programação oficial termina sempre às 01:30. Na segunda-feira, durante a tarde, tem-se a apuração e o anúncio da campeã.
Ingressos para o Bumbódromo de Parintins: como, onde comprar e quanto custam?
Em 2025, a venda dos ingressos para o Bumbódromo do Festival de Parintins 2025 foi 100% digital. Ela ocorreu pela plataforma Bilheteria Digital (bilheteriadigital.com.br) a partir de 21 de dezembro de 2024, às 9h (horário de Manaus). Cada CPF tinha o direito de adquirir até dois ingressos (passaportes ou avulsos), sem cobrança de taxa de conveniência e com parcelamento em até 6× sem juros no cartão de crédito.
Além disso, havia duas modalidades de compra:
Passaporte (3 noites: 27, 28 e 29 de junho) | Com preços entre R$1.440 e R$2.400;
Ingresso avulso (por noite) | Com preços entre R$550 e R$960.
Após a compra, o voucher gerado deve ser trocado pelo ingresso físico em uma das agências Amazon Best em Manaus ou Parintins, entre os dias 25 e 29 de junho.
Para quem não garantisse vaga paga, as galerias gratuitas oferecem entrada por ordem de chegada. Porém, é preciso chegar antes das 6h e devido à alta demanda, são poucas vagas disponíveis e há torcedores que chegam no dia anterior da apresentação.
7 Curiosidades sobre o Festival de Parintins
Para finalizar esse guia e confirmar toda a grandiosidade do festival, veja alguns fatos curiosos sobre a festa do Boi Caprichoso e do Boi Garantido.
1 | Existe uma Coca-Cola azul exclusiva de Parintins
Parintins é a única cidade do Brasil onde a Coca-Cola produz uma edição especial azul durante o festival. Isso porque a marca, tradicionalmente vermelha, criou essa versão para não privilegiar apenas o Boi Garantido. Assim, também permitir que os torcedores do Caprichoso também consumam o refrigerante respeitando as cores de seu boi.
Essa edição limitada é comercializada apenas durante os três dias do festival, tornando-se um dos souvenirs mais disputados da festa.
2 | Já existiu um terceiro boi no festival
Entre as décadas de 1970 e 1980, o Festival de Parintins teve um terceiro competidor: o Boi Campineiro. Com cores cinza e um sol amarelo na testa, este boi chegou a rivalizar com o Garantido em 1978 e 1982, quando o Caprichoso se recusou a participar do festival.
O Boi Campineiro nasceu no bairro de Palmares em 1977 e hoje faz parte apenas das celebrações de rua da cidade.
3 | Em 1982, o Caprichoso se recusou a participar
Uma das maiores polêmicas da história do festival aconteceu em 1982, quando o Boi Caprichoso se recusou a participar da competição. Na ocasião, ele alegou que havia recebido verbas insuficientes para sua apresentação.
Por isso, neste ano, o Boi Campineiro entrou como substituto para manter a disputa contra o Garantido.
4 | O festival aconteceu sem público durante a pandemia
Em 2021, pela primeira vez na história, o Festival de Parintins foi realizado sem a presença de público nas arquibancadas devido à pandemia de Covid-19. Em resumo, o evento foi transformado na “Live Parintins 2021”, com todos os participantes testados para Covid-19 e seguindo rigorosos protocolos de segurança.
A apresentação foi transmitida online, mantendo a tradição do último fim de semana de junho.
5 | Artistas famosos já gravaram toadas do Festival de Parintins
Grandes nomes da música brasileira já gravaram toadas dos bois, incluindo Fafá de Belém, Alcione, Joelma (ex-Calypso), Neguinho da Beija-Flor e Daniela Mercury. A toada “Vermelho”, do compositor Chico da Silva, tornou-se um hit nacional quando foi gravada por Fafá de Belém com participação de David Assayag em 1996.
6 | A origem dos nomes Garantido e Caprichoso
O nome “Garantido” surgiu de uma provocação do próprio criador, Lindolfo Monteverde, que em suas toadas sempre lembrava aos torcedores do boi adversário que seu bumbá sempre saía inteiro dos confrontos de rua da época. Lindolfo dizia que, nas brigas com os rivais, a cabeça de seu boi nunca quebrava ou ficava avariada – “isso era garantido”. Já o nome “Caprichoso” foi dado pelo coronel João Meireles em 1925, por sempre fazer suas apresentações com muito capricho.
7 | O maior vencedor e alguns recordes
Até 2024, o Boi Garantido acumula 32 títulos (inclusive tetracampeonato 2000–2003), enquanto o Caprichoso soma 26. Por sua vez, Garantido ostenta também a maior sequência de vitórias consecutivas, no caso, 5, que vai de 1980 a 1984. O Caprichoso brilhou com seu primeiro tricampeonato em 1996.
O único empate da história ocorreu em 2000. Por fim, entre 2022 e 2024, o Caprichoso conquistou tricampeonato inédito, incluindo vitória por apenas 0,1 ponto em 2024 (1259,3×1259,2).
Dicas essenciais para uma viagem tranquila e segura para o Festival de Parintins
Considere ter conectividade limitada: wifi e dados
Pela localização geográfica, acesso por paisagens naturais e número alto de turistas, atente-se que você não deve contar com a Internet como única opção para situações essenciais. Por exemplo, pagamentos, acesso a mapas e comunicação.
De acordo com dados de junho de 2025 do site Pega Sinal, a Oi possui uma cobertura mais estável no centro da cidade e no Bumbódromo, contudo com, no máximo, 3G. Tim e Vivo possuem torres mais distantes, o que pode comprometer a navegação em vários pontos de Parintins.
Por sua vez, apenas nos arredores da Praça Digital Cristo Redentor há internet livre durante todo o festival. Todavia, lembre-se que o acesso é compartilhado, o que o torna ideal apenas para emergências ou atualizações redes sociais, por exemplo.
Aos que optam pelo aluguel de lanchas e ferries, consulte sobre a disponibilidade de wi-fi. Isso porque há empresas que contam com o serviço via Starlink, inclusive durante a travessia Manaus-Parintins.
Atente-se aos aplicativos e opções offline no celular
Para contornar problemas que podem surgir devido conexões instáveis ou inexistentes, uma solução inteligente é manter salvo no celular alguns recursos alternativos. Por exemplo, baixe antes os mapas de onde pretende visitar. Dessa forma, não será preciso procurar conexão para se deslocar pela cidade.
Além disso, organize documentos, vouchers, comprovantes e outros itens que podem ser necessários em algum momento da viagem. Não conte em acessá-los somente online para não correr o risco de ficar na mão.
Opte por mais de uma forma de pagamento
Ainda que o uso de dinheiro seja cada vez menos comum entre os brasileiros, o ideal é você tê-lo consigo ao ir para o Festival de Parintins. Isso porque os principais meios de pagamento digital (PIX, transferências ou cartão de crédito e débito) costumam precisar de internet.
Logo, a dica é: leve dinheiro, cartões físicos e online e tenha sempre às mãos mais de uma forma de pagamento.
Leve carregadores portáteis robustos
A dica aqui é ter um power bank com capacidade mínima de 20.000 mAh e cabos extras. Isso porque os carregadores ajudam a manter celulares, câmeras e lanternas em funcionamento durante longas horas no Bumbódromo, evitando ficar sem bateria nos momentos importantes do festival.
Além disso, a depender do tipo de transporte na travessia, pode ser que não haja local para que todos os usuários carreguem seus dispositivos.
Evite horários de pico nas barracas de comida
Uma boa decisão para quem não quer ficar muito tempo em filas é planejar refeições entre 15h e 17h e após 23h. Em síntese, esse intervalo reduz filas, garante estoque de pratos típicos e permite experimentar mais variedades com menos espera, otimizando seu roteiro gastronômico no festival.
Contrate um seguro viagem e curta a Festa de Parintins com total tranquilidade
A maior parte das dúvidas sobre seguro viagem costumam envolver destinos internacionais ou países onde o documento é obrigatório. Porém, o que muitos viajantes esquecem é que essa modalidade de apólice também pode ser o diferencial em destinos dentro do Brasil.
Primeiro, porque oferece coberturas mais amplas e robustas que os tradicionais seguros pessoais; segundo, devido à abrangência nacional, em contraponto com a maioria dos seguros que limitam o atendimento de forma local ou regional.
Por último, mesmo com diversas vantagens (entre elas, a gratuidade) do nosso Sistema Único de Saúde (SUS), todos sabemos que vários locais têm deficiências e problemas no atendimento. E isso, numa viagem, pode comprometer todo o planejamento.
No caso do Festival de Parintins, considere o seguinte: em 2024, foram quase 900 atendimentos médicos apenas nos 3 dias do evento. Além disso, como o sistema de saúde local precisa atender populações ribeirinhas e distantes, o atendimento para emergências ou urgências pode ficar comprometido. Afinal, a rede pública por lá não cobre remoções aéreas ou atendimentos particulares.
Já um seguro viagem oferece cobertura para despesas médicas e hospitalares, transporte de emergência (traslado médico), reembolso de medicamentos e assistência 24h — essencial para casos graves, garantindo atendimento rápido e evitando custos elevados e atrasos no SUS.
Curta o Festival de Parintins com a segurança que você merece!
Para aqueles que planejam sua primeira viagem a Parintins, a recomendação é: vá de coração aberto. Permita-se envolver-se pela magia da ilha, pela energia contagiante das torcidas, pela beleza dos espetáculos e pela hospitalidade do povo parintinense. E para não abrir mão do conforto e segurança, basta contratar uma apólice de seguro viagem.
Em nosso site, você faz uma cotação personalizada e pode escolher o seguro viagem nacional ou internacional que mais combina com você. Para outras novidades e dicas para viajar, acompanhe sempre o Blog do Assistente de Viagem!